A síndrome pré-menstrual (SPM) corresponde a um conjunto de distúrbios e sintomas anteriores à menstruação.
Não se manifesta em todas as mulheres, mas diz respeito a mais de metade delas.
A causa provável da maioria destes sintomas estaria relacionada com o aumento da permeabilidade capilar durante a fase luteal (ou seja, a segunda parte do ciclo), sob a influência dos hormônios.
Esta situação poderia resultar num edema tecidular intersticial em diferentes partes do corpo: seios, tecido cerebral ( o que explicaria as enxaquecas e as manifestações neuropsicológicas), zona peritoneo-colica (gerando perturbações abdominais e pélvicas).
A SPM está relacionada com um défice de progesterona, com as seguintes consequências:
- um excesso de estrogénio em relação à progesterona (situação de hiperestrogénio relativo),
- prolactina em excesso (mastodynia),
- um excesso de aldosterona em relação à progesterona (a aldosterona induz, ao nível dos rins, uma retenção hidrosodada com eliminação do potássio),
- um desequilíbrio entre as prostaglandinas de tipo I (pró-inflamatórias), reforçado por um desequilíbrio alimentar (daí o interesse do óleo de onagra).
Há que distinguir entre a síndrome pré-menstrual (SPM), que afecta 50 a 75% das mulheres, e as perturbações disfóricas pré-menstruais, que afectam 3 a 8% das mulheres.
A origem deste problema reside essencialmente na disfunção dos receptores da serotonina e do sistema GABAergico, cerca de uma semana antes das menstruações.
Sendo a progesterona um activador natural do sistema GABAergico, o seu défice favorece as perturbações do humor.